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Tipos de Vulcões Existentes na Bacia do Pacífico
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Erupção havaiana
Havaiana: é um tipo de erupção efusiva, sem descarga de gases, com magma basáltico de baixa viscosidade e temperaturas muito elevadas na chaminé
vulcânica, ocorrendo
caracteristicamente em hotspots mas também próximo de zonas de
subducção. As erupções
havaianas, assim denominadas por serem características dos vulcões no Havai,
podem ocorrer ao longo de falhas ou fissuras (como aconteceu na erupção do Mauna Loa no Havai em 1950). Também podem ocorrer numa chaminé central (como na erupção de 1959 na cratera Kilauea Iki do vulcão Kilauea,
Hava). Nas erupções
em fissuras, a lava brota de uma fissura na zona rift de um vulcão e escorre pela encosta,
juntando-se a outras correntes de lava. Nas erupções centrais, uma fonte de
lava é ejectada a várias dezenas de metros de altura. Neste caso, a lava pode
concentrar-se em pequenas crateras formando lagos de lava, ou formar cones, ou
ainda alimentar rios de lava que escorram pela encosta. Há produção muito baixa
de cinza vulcânica, o que as torna relativamente
seguras de observar e por isso populares para
os turistas. Praticamente
toda a lava provinda dos vulcões havaianos é basalto toleiítico, uma rocha similar à produzida
nas falhas oceânicas a lava é muito fluida e escorre rapidamente de
grandes bolsões ou projeções vulcânicas.
Erupção estromboliana
Estromboliana: O nome provém do
vulcão da ilha de Stromboli, na Sicília. Na erupção brotam cinzas, gases, pequenos
fragmentos de rocha quente (bombas vulcânicas, lapilli), que
formam arcos luminosos no céu. Os fragmentos de lava combinam-se para formar
rios de lava que escorrem pela encosta. Ocorrem explosões pouco violentas
causadas pela acumulação de bolsas de gases, que sobem mais rapidamente que o
magma que as rodeia.A lava encontra-se
em incandescência quando é expulsa da
chaminé, mas a sua superfície arrefece e toma uma coloração escura ou negra,
podendo solidificar significativamente antes de atingir o solo. A tefra
acumula-se na vizinhança da chaminé, formando um cone de cinza. Os rios de lava
são mais viscosos, logo mais curtos e espessos (que nas erupções havaianas). Os
gases dissolvidos coalescem em bolhas que tomam dimensões suficientes para se
elevarem através da coluna magmática, libertando-se no topo e enviando magma
pelo ar. As bolhas de gases podem formar-se a profundidades até três quilômetros sendo de difícil previsão. A atividade estromboliana pode ser
bastante duradoura porque o sistema de condutas não é afetado pela atividade
vulcânica, podendo o sistema eruptivo repetir-se. Por exemplo, o vulcão Paricutín encontrou-se em constante erupção
entre 1943 e 1952, o monte Erebus produziu erupções
durante pelo menos várias décadas e o próprio Stromboli tem tido erupções ao
longo de milhares de anos.
Erupção
pliniana
1: pluma vulcânica; 2: chaminé vulcânica; 3: chuva de cinza vulcânica; 4: camadas de lava e cinza; 5:estrato; 6: câmara magmática. |
Pliniana: é associada à erupção do Monte Vesúvio em 79, na erupção pliniana, brotam fragmentos de rocha, lava viscosa e uma coluna de fumaça e gás. É usualmente o tipo de erupção mais poderoso. Associados a este tipo de erupção encontram-se frequentemente também rápidos fluxos piroclásticos. Erupções plinianas de grande intensidade (como as que ocorreram a 18 de Maio de 1980 no Monte Santa Helena ou a 15 de Junho de 1991 em Pinatubo nas Filipinas) podem enviar cinzas e gases vulcânicos a vários quilômetros de altitude, até à estratosfera, e a cinza resultante pode afetar áreas a centenas de quilômetros de distância na direção dos ventos. São características distintas deste tipo de erupção a ejeção de grandes quantidades de pedra-pomes e fortes erupções contínuas de gases. Suas erupções curtas podem durar menos de um dia. Eventos mais longos podem durar desde alguns dias a vários meses. As erupções mais prolongadas iniciam-se com a produção de cinza vulcânica ou fluxos piroclásticos. A quantidade de magma que brota pode ser tão grande que o topo do vulcão pode colapsar, formando uma caldeira. Pode haver deposição de cinza muito fina em áreas extensas. São frequentemente acompanhadas de forte ruído (como aquele produzido em Krakatoa).
Erupção vulcaniana
Vulcanianas: foram assim
denominadas após as observações de erupções de 1888-1890 do vulcão na ilha de Vulcano, no Mar Tirreno, por Giuseppe Mercalli. São descritas
normalmente por: "(...) disparos de canhão com longos intervalos
(...)". Neste tipo de erupção, brotam enormes fragmentos de rocha quente;
uma espessa nuvem de cinzas sai explosivamente da cratera a uma elevada altitude, formando alguma
cinza fumegante uma nuvem esbranquiçada perto do topo do cone. A sua natureza
explosiva deve-se ao conteúdo rico em sílica do magma, que aumenta
a viscosidade e portanto a explosividade deste. Pode encontrar-se quase todo o
tipo de magma neste tipo de erupção. Suas erupções começam normalmente com erupções
freatomagmáticas que podem ser
extremamente ruidosas (devido ao aquecimento de água
subterrânea pelo magma em ascensão).
Este processo é usualmente seguido de uma explosão que desobstrui a chaminé
vulcânica, erguendo-se uma coluna suja, cinzenta ou negra, devido à expulsão de
rochas preexistentes na chaminé, as erupções podem lançar blocos de rocha de
vários metros de dimensão a centenas de metros ou mesmo alguns quilômetros de
distância. À medida que a chaminé é desobstruída, as nuvens de cinza tornam-se
mais esbranquiçadas. Esta fase é seguida pela produção de lava viscosa contendo
grandes quantidades de gases e produzindo cinza vulcânica vítrea. A rocha
piroclástica e os depósitos formam um cone vulcânico de cinzas, cobrindo a
cinza uma grande área. A erupção finaliza com um fluxo de lava viscosa.
Erupção peleana
Peleana: há grande quantidade
de explosões de fragmentos de rocha
quente, vapores, poeiras e cinzas a
partir da cratera central. Estes materiais caem sobre a zona da cratera e
formam avalanches que se deslocam a
velocidades que podem chegar aos 160 km/h. O magma é geralmente viscoso, este
tipo de erupção partilha algumas características com as erupções vulcanianas,
distinguindo-se pela avalanche de material piroclástico e a presença de uma
cúpula de lava no topo do vulcão. Observam-se também curtos fluxos de cinza e
criação de cones de pedra-pomes.
A fase inicial da erupção é caracterizada por fluxos piroclásticos. Os
depósitos de tefra têm um menor volume e alcance que em
erupções plinianas e vulcanianas. O magma viscoso forma uma cúpula escarpada ou
uma agulha de lava na chaminé vulcânica. A cúpula pode colapsar mais tarde, resultando
em fluxos de cinza e blocos de rocha quente. O ciclo eruptivo completa-se no
espaço de alguns anos, podendo nalguns casos prolongar-se por décadas, como no
caso de Santiaguito.
Suas erupções podem causar grande destruição, como demonstrado pela devastação
ocorrida em Saint-Pierre após a erupção do Monte Pelée na Martinica, em 1902. Outros exemplos incluem a erupção de 1948-1951
do Hibok-Hibok,
a erupção de 1951 do Monte Lamington (a mais bem descrita
até ao presente), a erupção de 1956 do Bezymianny,
a erupção de 1968 do vulcão Mayon e a erupção de 1980 do Monte
Santa Helena.
Erupção subglacial
1: nuvem de vapor de água; 2: lago; 3: gelo; 4: camadas de lava e cinza; 5: estratos; 6: pillow lava; 7: chaminé magmática; 8: câmara magmática; 9: dique. |
Subglaciais: ocorrem
debaixo de gelo ou glaciares. Apenas cinco
erupções deste tipo ocorreram no presente. Algumas erupções subglaciares são
provocadas por um tipo de vulcão subglacial, o tuya. Os tuyas na Islândia são
denominados "montanhas mesa" devido aos seus topos planos. O tuya
Butte, na Colômbia
Britânica,
é um exemplo deste tipo de vulcão. Não é bem conhecida a termodinâmica das erupções
subglaciais. Os escassos estudos publicados indicam que existe uma quantidade
apreciável de calor retido na lava, sendo que uma unidade-volume de magma
consegue derreter dez unidades-volume de gelo. A velocidade a que o gelo é
derretido é, no entanto, ainda inexplicada e é uma ordem de magnitude maior em
erupções reais que em modelos de previsão.
Erupção
hidromagmática
Hidromagmáticas, freatomagmáticas ou ultra-vulcanianas: são conduzidas por vapor explosivo em
expansão resultante do contacto entre solo frio ou águas de
superfície frias e rocha quente ou magma. As explosões freáticas distinguem-se por
lançarem fragmentos de rocha sólida preexistente na chaminé vulcânica, não
havendo erupção de magma. A atividade freatomagmática é geralmente fraca,
embora sejam conhecidos casos de forte atividade, como na erupção do vulcão Taal, nas Filipinas, em 1965, e a atividade de 1975-1976 em La
Grande Soufrière, Guadalupe.
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